domingo, 22 de maio de 2016

Não fechemos os olhos, a luta pela Educação é necessária.

Somos professores e estamos tão cansados de ver no noticiário da TV, os mesmos velhos problemas: falta de Infraestrutura das escolas, baixo rendimento da aprendizagem, baixos salários dos profissionais da Educação, greves...

Andamos tão cansados de saber que a Lei do FUNDEB foi criada, garantindo que 25% seria o percentual mínimo a ser investido pelos estados e municípios no pagamento de professores e manutenção das escolas. Sabemos que essa Lei determina quanto custa um aluno por ano, valor um pouco acima de R$ 2.000,00 e de que municípios sem condições de pagar esse valor a UNIÃO complementaria.

Andamos tão indignados, por entender, que se realmente a verba do FUNDEB estivesse sendo aplicada , 60% com pagamento de pessoal e 40% com manutenção, e fosse paga em dia, não estaríamos com as escolas sucateadas e tendo que fazer greve para o governo cumprir a lei do piso.

Andamos tão exaustos de siglas PDDE, PDE, FNDE, Pnae  e outras mais ... programas tão bem elaborados, mas tão mal executados que perdem a eficácia porque nada é pago dentro do prazo determinado.

 Ficamos horrorizados de saber, que o custo da merenda  por aluno é absurdamente baixo, e ainda há  gestores que tem coragem de desviar parte desses recursos em benefício próprio, como está acontecendo em São Paulo e já aconteceu em tantos outros estados e municípios.

Por meio do Pnae o FNDE transfere esses recursos :
O valor per capita tem valores diferentes, conforme o segmento de ensino. Os valores definidos para 2012 foram os seguintes:
:: R$ 1,00 por dia para cada aluno matriculado em creches;
 :: R$ 0,50 por dia para cada aluno matriculado na pré-escola
:: R$0,30 por dia para cada aluno matriculado no ensino fundamental, no ensino médio e na educação de jovens e adultos;
:: R$ 0,60 por dia para cada aluno matriculado em escolas indígenas e quilombolas;
 :: R$ 0,90 por dia para cada aluno de escolas que ofertam o ensino integral por meio do Programa Mais Educação.

Não queríamos mais ver aluno ou professor tendo que ocupar escola e sendo obrigado pelas circunstâncias a radicalizar a luta por seus direitos porque o poder público faz ouvido de mercador aos problemas da Educação.

 Não queríamos mais ver  professores das escolas estaduais do Ceará em greve desde meados de abril,sem conseguir nada. O governo sim, conseguiu na justiça que a greve fosse decretada ilegal.

Gostaríamos que as coisas mudassem, e essa bagagem tão pesada, a luta sistemática por salários e condições de trabalho fosse deixada de lado, porque os direitos foram garantidos e consolidados. O sonho compartilhado por todos nós foi de que, com a implantação do Piso Salarial não haveria necessidade de greves. Ledo engano, mesmo cansados, exaustos, indignados, temos que continuar na luta, sempre com a perspectiva de que em breve os governos irão mudar, e a educação pública de qualidade, vai sair do discurso e ser posta em prática.

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